Uma anomalia medical dissimulará o segredo da juventude eterna ? E o que deixam pensar geneticistas que, há pouco, se debruçam sobre o caso de Brook Greeberg, uma adolescente americana de 16 anos com um desenvolvimento físico e o tamanho de um bébé de 11 meses.
Brook Greenberg vive com os pais e as suas irmãs em Baltimore no Estado de Maryland (Estados-Unidos). Desde que nasceu, os médicos detectaram uma má formação na anca. Mas rápidamente, os pais de Brooke ficaram preocupados de não a ver crescer. Consultaram numerosos médicos, mas nenhum deles consegue explicar do que sofre a menina.
Brooke é aliás uma espécie de “milágre” para os médicos. Ela sobreviveu, de facto, a sete úlceras e a uma coma que não lhe deixou nenhuma sequela. Se a aparencia de Brooke não muda desde há anos, os seus orgãos, eles, evoluem em rítmos diferentes. Um caso único no mundo que nenhum médico consegue explicar.
Ao termo de um primeiro estudo científico, geneticistas que examináram o caso de Brooke Greenberg, constataram que os diferentes orgãos não crescem ao mesmo rítmo: os ossos são por exemplo mais “maturos” que o cérebro e o estômago.
Se a aparência de Brooke não muda, se a sua deficiência condana a sua existência, ela está consciente de tudo o que a rodieia, tem o carácter de uma adolescente e é sujeita a crises de raiva próprios da sua idade. No carrinho, ela gosta de acompanhar a sua mãe quando esta faz “shopping”. A sua dentição é aliás a de uma menina de 8 anos.
Os médicos estão actualmente a comparar o ADN da jovem com o das suas irmãs, à procura de uma mutação que possa explicar o “desenvolvimento desorganizado”.
Para Richard Walker, biologista, que faz parte da equipa de médicos que trabalham no seu caso desde 2005, a chave do mistério poderá ser um gene mutante que para o envelhecimento.
"Graças a Brooke, poderemos, talvez, começar a responder a questões velhas como o mundo. Por que é que envelhecemos ? Por que é que somos mortais ?" sublinha Walker.
Este caso medical, fora do comum, é tomado a sério pela comunidade científica. Os resultados das primeiras análises são esperadas com impaciencia pelos especialistas em genética.
Para estes, a ideia, a termo, seria de intervir no adulto para bloquear os genes da senescência. A pessoa seria então preservada das degradações fisiológicas constatadas no caso de Brooke Greenberg.
Fonte: Paris Match
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